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Números de violência contra a mulher caem em Goiás, mas ainda preocupam

Secretário de Segurança Pública promete endurecer o cerco aos agressores de mulher em 2023

Goiás diminuiu os crimes nos últimos quatro anos. A afirmação é da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) do estado, com base nos dados do Observatório de Segurança Pública do Estado de Goiás, que foram retirados do Sistema de Registro de Atendimento Integrado (RAI), utilizado por todas as forças de segurança.

Os crimes contra a mulher estão entre os que apresentam queda. Em 2021, foram registrados 54 feminicídios. Em 2022, o número caiu para 48.  Em 2021, foram registrados 248 estupros. No ano passado o número foi de 238.   Em 2021, 15.734 mulheres registraram queixa de ameaça. Em 2022, o número caiu para 11.739. As denúncias de lesão corporal contra as mulheres foram de 10.782 em 2021. Ano passado o número caiu para 8.247. Também caíram as denúncias de crimes contra a honra, que são injúria e difamação. Em 2021, foram 10.735 registros. Ano passado, foram registrados 8544.

De acordo com o  secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, o maior desafio para a Segurança Pública de Goiás é o feminicídio. Ele destaca que este crime é o  que tem recebido prioridade nas ações de planejamento e estratégia para o ano de 2023.

O crime, que são homicídios praticados contra a mulher por razões da condição do gênero feminino e em decorrência da violência doméstica e familiar, ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher, é um dos poucos índices que não tiveram queda expressiva no relatório que engloba os anos de 2018 a 2022. 

Em 2018 foram contabilizados 36 feminicídios. Em 2019, o número cresceu para 40. Em 2020, ano em que todo o país os casos de agressão contra a mulher e violência doméstica explodiram devido ao confinamento causado pela Covid-19, Goiás registrou 44 casos. Em 2021, o número subiu para 54 e no último ano caiu para 48.
De acordo com o coronel Renato Brum,  as polícias Civil e Militar vão reforçar o trabalho executado pelo Batalhão Maria da Penha e delegacias especializadas em crimes contra a mulher, fechando o cerco contra agressores. “Vamos mostrar que não há impunidade. Agressores têm de ir para a cadeia”,

Para a psicóloga Grace Mathias Moraes, a repressão policial, a penalização do criminoso,  o apoio à vítima e a conscientização  são muito importantes  para que os índices de violência contra a mulher diminuam. 

Ela destaca que a violência contra a mulher é um problema estrutural que precisa ser combatido dentro da sociedade.  “Além da coerção policial é preciso que ações contra a violência de gênero sejam colocadas em funcionamento nas escolas e com políticas públicas integradas de prevenção. É preciso conscientizar as mulheres que elas não podem se submeter a violência e aos homens que é errado usar agressões físicas ou psicológicas contra a mulher.  Quando a mulher chega a ser morta ela já passou por uma série de outras violências” ‘ explicou.

 

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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