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Major alerta para importância do combate ao uso de drogas ilícitas em Goiás

16A Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) chama a atenção da população para a data em que se comemora o Dia Internacional do Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas. O objetivo da ação é a conscientização sobre a importância do combate ao uso de drogas ilícitas, principalmente entre os mais jovens, que, segundo pesquisas, é a parcela da população mais afetada pelo problema. E é cada vez maior o número de jovens envolvidos com entorpecentes.

A data foi criada a partir da Resolução 42/112 da Organização das Nações Unidas, em 1987, que implementou também a Conferência Internacional sobre o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, que ocorreu em 26 de junho de 1987. O consumo de álcool e outras drogas é atualmente um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Por isso, os especialistas consideram que esta campanha é de extrema importância para alertar a temática em questão.

Em entrevista ao Diário de Aparecida, o assessor de comunicação social do 2° CRPM do município, major Wanderley Alves Moura, enfatizou a importância de fazer referência a uma data como esta. Para ele, o abuso de drogas lícitas e ilícitas é um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade e está na origem de muitos comportamentos criminosos observados pela Segurança Pública.

“Um dependente de drogas perde sua autodeterminação, sua capacidade de articular com propriedade o raciocínio, sua percepção integral dos riscos e até sua capacidade de compreender as diretrizes mais elementares do convívio em sociedade. Ameaçar, roubar e até matar se tornam ações aceitáveis para um viciado cujo cérebro terá como única prioridade saciar seu anseio pela droga. Uma pessoa sob efeito de álcool, por exemplo, no trânsito é um assassino e um suicida em potencial. Seu cérebro não consegue efetuar as análises instantâneas que o impedem de colocar sua vida e a vida de terceiros em risco”, ressaltou.

Moura explica que o problema é grave e no mundo todo tem representado um desafio social. Se por um lado os efeitos prejudiciais do consumo de drogas são amplamente conhecidos, também existe por parte de alguns segmentos, comerciais ou não, uma glamorização do consumo de drogas. Ele lembra que, num passado recente, as propagandas de cigarros eram as mais bem produzidas. Tinham um foco na juventude e isso ocorria mesmo após as confirmações médicas de que o cigarro era literalmente um veneno para o corpo humano.

“Até hoje as propagandas de bebidas alcoólicas associam os consumidores masculinos a status, dinheiro e sucesso com as mulheres. O termo ‘aprecie com moderação’ aparece no final, com pouquíssima ênfase e apenas por obrigatoriedade legal. O compromisso é com o lucro, não com a responsabilidade social. Existem também correntes ideológicas que defendem abertamente a descriminalização de drogas consideradas leves como a maconha, mesmo diante das robustas provas científicas que contraindicam seu consumo recreativo. Aumentar o acesso das pessoas às drogas não traz benefício social algum, a não ser para os que já ganham dinheiro vendendo a destruição pessoal do cidadão. Certamente que a população necessita de estímulos para o trabalho, para um comportamento produtivo, criativo e que favoreça o espírito crítico. Porém, nada disso é compatível com o consumo regular de drogas”, esclareceu Moura.

Ao final da entrevista ao DA, major Moura fez questão de enfatizar que todos nós precisamos enxergar a realidade, compreendê-la e, se for o caso, tentar adequá-la aos nossos parâmetros de felicidade. “O que certamente nenhum de nós precisa é tentar fugir da realidade através do uso de drogas, porque, além de não funcionar, prejudicaremos a nós mesmos, aos nossos familiares e à sociedade de maneira geral”, concluiu.

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