A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Grupo de Repressão a Roubos (Garra), com apoio da Polícia Civil de Alagoas, realizou nesta terça-feira (5) a Operação Ritual do Desvio. A ação cumpriu três mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás e na região metropolitana de Maceió (AL).
A investigação apura um esquema de pagamentos ilícitos realizados diretamente a partir da conta da Prefeitura de Goiânia por uma servidora pública que, à época dos fatos, ocupava cargo específico no município. Segundo a Polícia Civil, os desvios ocorreram mediante inserção de dados falsos no sistema contábil, irregularidades inicialmente detectadas pela Controladoria Geral do Município.
De acordo com as apurações, somente em 2025 a principal investigada teria desviado cerca de R$ 425 mil dos cofres públicos, por meio de 14 pagamentos fraudulentos. Entre os beneficiários estão uma mulher que presta serviços de bruxaria, uma associação desportiva, uma farmácia registrada em nome da cunhada da servidora e o pagamento de faturas de cartões de crédito de titularidade da própria funcionária.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou bloqueio de valores nas contas dos investigados e suspensão do exercício das funções públicas pela servidora municipal. A Polícia Civil informou que as investigações prosseguem para identificar possíveis outros envolvidos e o destino final dos recursos desviados.
