Denúncias levam MPGO a acionar Justiça contra Wepink; Virginia Fonseca exibe sede e defende marca
O Ministério Público de Goiás (MPGO) obteve uma liminar que obriga a empresa de cosméticos Wepink, da influenciadora Virginia Fonseca, a criar um canal humano de atendimento ao consumidor. A decisão foi proferida pela juíza Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges Mustafa, da 14ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, e ocorre após diversas reclamações relacionadas a falhas no atendimento e descumprimento de ofertas.
O caso teve origem em um inquérito civil instaurado pela 70ª Promotoria de Justiça de Goiânia, conduzido pelo promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva. Segundo o MPGO, consumidores relataram atrasos nas entregas, ausência de reembolsos e propaganda enganosa em campanhas promocionais realizadas pela empresa.
De acordo com a promotoria, a Wepink teria impulsionado suas vendas a partir da grande exposição pública de Virginia Fonseca, que promove os produtos por meio de lives e ações publicitárias com descontos expressivos, o que, segundo o órgão, incentiva compras impulsivas e cria uma sensação de urgência entre os consumidores.
Na decisão, a magistrada destacou que há um “número alarmante e crescente de reclamações” contra a empresa, que teria mantido práticas abusivas mesmo após advertências. A juíza também ressaltou que a Wepink não possui estrutura mínima de atendimento, auditoria interna ou programas de compliance, o que fere os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor (artigo 14).
Uma audiência de conciliação entre as partes foi marcada para o dia 9 de dezembro de 2025, às 13h30, e deverá ocorrer de forma presencial, no Fórum de Goiânia, com possibilidade de participação por videoconferência, via plataforma Zoom.
Neste sábado (18), após a repercussão da decisão, Virginia Fonseca mostrou nas redes sociais toda a estrutura física da Wepink, destacando o funcionamento interno da empresa e afirmando que o atendimento aos clientes será aprimorado.
