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Bebê encontrada morta em Goiânia tinha lesões recentes e antigas, aponta investigação

 

Uma bebê de 1 ano e 8 meses foi encontrada morta na última terça-feira (21), na casa onde morava com a mãe e o padrasto, no Residencial Dom Pascoal, região Oeste de Goiânia. A criança, identificada como Eloá Emanuelly Bueno, apresentava vários hematomas pelo corpo, indicando que vinha sendo agredida há vários dias, segundo informou o delegado responsável pelo caso, Álvaro Lins.

A Polícia Civil trata o caso como homicídio com indícios de tortura e maus-tratos continuados. Identificados apenas pelos primeiros nomes, o padrasto da bebê, Diego, de 25 anos, e a mãe, Alessandra, de 21, foram presos em flagrante e autuados pelo crime.

Em depoimento, o casal apresentou versões contraditórias sobre o que teria acontecido. Aos parentes, eles afirmaram que levaram a menina ao pronto-socorro por volta das 2h da madrugada, mas, segundo relataram aos policiais, teriam ido dormir nesse mesmo horário e encontrado a filha sem vida ao acordar, no mesmo local onde a deixaram antes de irem para o quarto.

De acordo com o delegado Álvaro Lins, os laudos preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontam que Eloá possuía lesões recentes e antigas, o que reforça a suspeita de violência recorrente. “O corpo da criança apresentava sinais claros de agressões que vinham ocorrendo há dias. O objetivo agora é determinar a causa exata da morte e o papel de cada envolvido”, explicou o delegado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas apenas constatou o óbito. O local onde a família morava foi periciado, e objetos pessoais foram apreendidos para análise.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que deve ouvir novas testemunhas e aguarda o resultado dos exames periciais para concluir o inquérito.

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