A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter recebido com “profunda perplexidade” a decisão que levou à prisão preventiva do político na manhã deste sábado (22). A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido da Polícia Federal (PF).
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno anunciaram que irão recorrer da decisão, alegando que o estado de saúde do ex-presidente é delicado e que a prisão poderia colocar sua vida em risco.
“A prisão preventiva do ex-Presidente Jair Bolsonaro causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos, está calcada em uma vigília de orações. A Constituição de 1988 garante o direito de reunião a todos, em especial para assegurar a liberdade religiosa”, afirmou a defesa, em nota.
O pedido da PF apontou para uma suposta tentativa de mobilização organizada em frente à residência de Bolsonaro, atribuída ao senador Flávio Bolsonaro (PL), e levantou a hipótese de risco de fuga.
Após ser detido, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde permanecerá em uma cela especial, conforme prevê a legislação para ex-presidentes.
O recurso contra a prisão deve ser apresentado ainda neste fim de semana.
Veja abaixo a nota da defesa de Bolsonaro sobre a prisão deste sábado (22):
A prisão preventiva do ex-Presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos (representação feita em 21/11), está calcada em uma vigília de orações.
A Constituição de 1988, com acerto, garante o direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa. Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais.
Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco.
A defesa vai apresentar o recurso cabível.
