
O jovem Gerson de Melo Machado, de 19 anos, que morreu após ser atacado por uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa (PB), sofreu choque hemorrágico provocado pelo perfuramento de vasos cervicais, artérias e veias localizadas no pescoço. A informação consta no laudo inicial divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) no último fim de semana.
O documento aponta que a lesão fatal, provavelmente causada pela mordida do animal, levou à perda massiva de sangue. O IML também solicitou exame toxicológico complementar e informou que o corpo passará por um procedimento de identificação técnica. Os resultados finais só serão entregues à família após a conclusão das análises legais.
De acordo com especialistas, o ataque ao pescoço é um comportamento instintivo de leões e leoas durante situações de defesa ou caça. O relatório também confirma que o animal não chegou a se alimentar da vítima.
A bióloga Marília Maia, responsável pela leoa, publicou nota e vídeo nas redes sociais explicando que o ataque ocorreu como resultado de um “comportamento natural da espécie”. Segundo ela, o animal se afastou logo após a investida.
Imagens gravadas por visitantes mostram o momento em que o jovem invade a área restrita ao público ao descer por uma árvore, sendo atacado em seguida nas pernas e no pescoço. A administração municipal confirmou que Gerson escalou as grades e barreiras de segurança antes de entrar no cercado do animal.
Gerson, conhecido como “Vaqueirinho”, tinha transtornos mentais, segundo informações repassadas pela família.
CNN Brasil



