A Polícia Civil de Goiás prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (3), dois homens acusados de manter um jovem de 19 anos em cárcere privado, o próprio pai da vítima e o responsável por uma clínica de reabilitação em Goiânia. A ação foi conduzida pela 15ª Delegacia Distrital de Polícia da capital.
A investigação começou após a namorada do rapaz registrar o desaparecimento dele. Segundo o relato, ela recebeu mensagens do namorado pedindo socorro e afirmando que o pai havia “armado contra ele”.
Durante as diligências, os policiais localizaram o pai da vítima, que confessou ter internado o filho à força, alegando que o jovem “não queria trabalhar e vivia pedindo dinheiro”. O rapaz foi encontrado na clínica, onde contou ter sido levado contra a vontade, medicado e submetido a abusos durante a internação.
Diante das evidências, o pai foi autuado por cárcere privado qualificado (art. 148, §1º, I, do Código Penal). Já o responsável pela clínica também foi autuado em flagrante pelo mesmo crime. Ambos permanecem à disposição do Poder Judiciário.
A Polícia Civil reforça que internações involuntárias só podem ser realizadas dentro dos parâmetros legais, com autorização médica e comunicação obrigatória aos órgãos competentes, sob pena de responsabilização criminal.