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Inflação fecha julho em 0,26%; alimentos caem pela segundo mês seguido

Índice teve alta de 0,2% em relação a junho

A conta de luz mais cara foi o principal fator de pressão sobre a inflação oficial em julho, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26%, ligeiramente acima da taxa de junho (0,24%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do avanço, a queda no preço dos alimentos pelo segundo mês consecutivo ajudou a conter o índice. Em julho de 2024, o IPCA havia registrado alta de 0,38%. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula 5,23%, acima do teto da meta oficial de 4,5% e fora do centro de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

A energia elétrica residencial subiu 3,04% no mês, representando o maior impacto individual no IPCA (0,12 ponto percentual). O aumento levou o grupo habitação a avançar 0,91%, com impacto total de 0,14 ponto percentual.

Segundo o IBGE, o reajuste foi impulsionado principalmente pela aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, medida adotada para compensar o uso de usinas termelétricas devido à baixa nos reservatórios. Reajustes tarifários em capitais como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro também influenciaram o resultado nacional.

Sem o efeito da conta de luz, o IPCA de julho ficaria em 0,15%, calculou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves. No acumulado de janeiro a julho, a energia elétrica residencial subiu 10,18%, a maior variação para o período desde 2018.

Em contrapartida, o grupo alimentos e bebidas recuou 0,27%, aliviando o índice em 0,06 ponto percentual e registrando a maior queda desde agosto de 2024. A alimentação no domicílio teve recuo de 0,69%, com destaque para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Se os alimentos não tivessem caído, a inflação de julho teria sido de 0,41%.

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